Monday, June 15, 2009

Bem, para quebrar o gelo do nosso blog, decidi postar para ver se o resto da malta ganha coragem :). Andei para aqui a pensar o que poderia aqui pôr, e decidi-me por um dos textos que escrevemos no Workshop. Não querem pôr um também??
Aqui vai: O estímulo era: Quando eu era criança.

Quando eu era criança os pardais caíam pela chaminé da cozinha e eu gostava de os apanhar para brincar com eles às casinhas.
O meu avô dizia:
- Rapariga, o pardal é bicho de liberdade, não é brinquedo, assim que se sentir enclausurado morre.
E morreram, muitos.
Fui durante muito tempo uma assassina de pardais.
Depois enterrava-os em caixas de fósforos, no quintal da vizinha. A determinada altura o meu avô teve a ideia de pôr umas cruzinhas em fósforos usados para assinalar as campas. Foi quando o quintal começou a parecer um cemitério que eu me apercebi da monstruosidade do meu acto e chorei mais de uma hora na manga da camisa do meu avô.
Perguntei-lhe:
- 'Vô, como é que salvo os pardalinhos que me caem da chaminé?
E ele ensinou-me a pegar-lhes, de forma a conseguirem soltar-se facilmente e a mandá-los novamente para cima do telhado.
Foi assim que descobri a liberdade dos outros.

Carlota

2 comments:

  1. Boa Carlota. Assim é que é. Estou ainda aqui a reflectir no que vou escrever. Mas obrigada pela dica :P

    ReplyDelete
  2. Não deixes de escrever nunca...um pecado assim Deus não perdoa e nós também não. Queremos mais.
    Eugénia

    ReplyDelete